Somos convidados a pensar, sonhar, acreditar nas escolhas vocacionais que faremos, bem como sermos anunciadores do Reino, para o qual Jesus foi chamado e fez dele o seu Projeto de Vida e sua missão. É de responsabilidade de quem indica caminhos, gera oportunidades, auxilia nos processos, ter um olhar atento e diferenciado.
O discernimento vocacional não é imediato, é um processo longo, que se desdobra ao longo do tempo, durante o qual é preciso continuar a vigiar as indicações com as quais o Senhor especifica uma vocação, que é primorosamente pessoal e irrepetível.
Pensar em discernimento remete a alguns sinônimos: inteligência, perspicácia, clarividência, prudência, lucidez, sapiência... todos eles são um convite a olhar para dentro de si mesmo, e a fazer as escolhas sérias, coerentes e transparentes. Como afirma o papa Francisco, “Sem a sapiência do discernimento, podemos facilmente transformar-nos em marionetes à mercê das tendências da ocasião” (Chritus Vivit, 2019, p. 159). Para que isso não aconteça, é preciso esforço e dedicação pessoal contínuo.
O jovem que busca realizar o processo de discernimento por meio do conhecimento da verdade que é Cristo precisa trilhar o caminho que conduz à cruz e à ressurreição numa perspectiva escatológica da vocação.
Hoje, se faz mais imprescindível que os sacerdotes, religiosos, leigos, profissionais e jovens se qualifiquem para bem acompanhar a quem busca o discernimento vocacional. Sempre que alguém se coloca à disposição para ajudar outra pessoa a discernir sobre algo, de modo especial sobre sua vida, a primeira e mais nobre atitude é ouvir. Um exercício que pede a todos que estejam atentos para ajudar a quem procura, sem exceção rever sua própria história de vida; aderir ao chamado batismal com liberdade e responsabilidade; reconhecer o desejo de pertencer e de contribuir para a vida da comunidade e discernir a s melhores formas para que isso se realize com integralidade.
Autora: Ir. Maristela Ganassini, fscj
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