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A beleza do Diaconato


Estamos em agosto, tradicionalmente na Igreja do Brasil se celebra como mês dedicado as vocações. Todos somos chamados por Deus a uma vocação.


Quando falamos de vocação devemos ter em mente que isso não se restringe apenas a vocação de ser padre ou freira, é muito mais que isso! Deus nos chama primeiramente a vida, que é sempre dom de Deus, a partir dela temos as demais vocações: sacerdotais, matrimoniais, religiosas e leigas.

Cada domingo desse mês somos convidados a rezar e meditar por cada uma dessas vocações.


De modo especial, nesse artigo queremos aprofundar sobre o diaconato. Às vezes nos esbarramos por aí com um diácono e ficamos sem saber o que ele é de fato para Igreja.


Porque o diácono pode ser tanto aquele que se prepara para ser padre (chamados diáconos transitórios) como também podem ser aqueles que não estão no caminho para serem padres, geralmente são homens já casados e com intensa vida de Igreja (chamados diáconos permanentes), ambos receberam o sacramento da ordem e exercem funções importantes desde a Igreja primitiva.


Em Atos 6,2 os apóstolos discutiam ¨não está certo que nós descuidemos da Palavra de Deus para servir às mesas¨; o crescimento das comunidades gerava tensões e conflitos internos. Muitos pobres não estavam sendo bem atendidos. Então os Doze convocaram uma assembleia e apresentaram uma solução concreta: descentralizar os serviços, escolhendo novos ministros. A comunidade aderiu a ideia, realizando uma eleição, onde os Doze confirmaram os eleitos mediante a imposição das mãos. Surge assim, uma nova organização na comunidade, o grupo dos Sete Diáconos (At 21,8).


Assim, percebemos que a principal função do diácono é “ajudar e servir” o povo de Deus, e aí está sua beleza! Ajudar e servir na obediência aos bispos e padres. Por isso, o diácono não é um sacerdote, mas desempenha importante papel em nossas comunidades eclesiais.


Na ordenação de um diácono “são-lhes impostas as mãos não para o sacerdócio, mas para o serviço”, conforme o número 1569 do Catecismo. Nestes casos, apenas o bispo impõe as mãos sobre o homem ordenado, num sinal de que o diácono está diretamente ligado a ele.


O Catecismo ainda resume a função dos diáconos no parágrafo 1570: “Cabe aos diáconos, entre outros serviços, assistir o Bispo e os padres na celebração dos divinos mistérios, sobretudo a Eucaristia, distribuir a Comunhão, assistir ao Matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar, presidir os funerais e consagrar-se aos diversos serviços de caridade.”


Eles não celebram missa, pois, como dissemos, não são sacerdotes. Apenas ajudam na sua preparação e na liturgia. Também não podem dar a unção aos enfermos nem ouvir confissões. Importante ressaltar que uma vez ordenados, os diáconos não podem mais se casar. Se ficarem viúvos, têm a opção de permanecerem diáconos ou se candidatarem ao sacerdócio, mesmo que em idade já avançada.


Nossa Arquidiocese se alegra em especial nesse mês pela ordenação de novos quatro diáconos no próximo dia 28, são eles: Anderson, Felipe, Rafael e Júlio. A Santa Missa será transmitida pelas nossas redes sociais, acompanhe e reze por estes jovens para que Deus possa permitir um ministério fecundo em nossa Igreja particular de Pouso Alegre.

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